Sônia Camacho é uma artista brasileira, formada em História da Arte, nasceu em 1954, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Seu pai era advogado e professor de Matemática e sua mãe professora de História. Despertou-se para arte na sua infância por volta dos 6 anos de forma lúdica, por puro incentivo escolar, usando: argila, tinta, guache e aquarela. Durante a formação acadêmica, surgiu a oportunidade de se aprofundar em conhecimentos artísticos como técnicas de pintura em telas e em porcelana, vidro e cerâmica. Nesta época, seus pais foram grandes incentivadores, cedendo um espaço em sua residência para a instalação de um forno industrial, onde a artista acabou por realizar inúmeros trabalhos, ensaios e obteve experiências maravilhosas.
“Para mim a arte é, passado, presente e futuro. A arte como sensibilidade e emoção se projeta e atinge a cada um de nós, como um instrumento de transformação, impacto, revelação, terapia, de forma poética, política, crítica, visionária, integrada e dinâmica, deixando o legado e o acervo cultural para a humanidade”.
O universo criativo da artista Sônia Camacho se manifesta com variados desejos e formas, seja através da memória afetiva, paisagem fotografada, no cotidiano, passeios, etc. Ela conta uma história que vai além da presença de imagens em suas obras, uma escolha das possibilidades infinitas, traços impressionistas, se identificando com Gauguin e Edgar Degas. Seu comprometimento com a obra se faz de forma crítica, quase que matemática, um momento de contemplação de que “o menos é mais” e uma pergunta sempre surge a ela: “O que faltou e o que sobrou?” Pensamentos que a conduz para o isolamento junto à criação, se tornando assim contraditórios, ora coletivos, ora uma interiorização da própria artista. Sua dedicação à arte pictórica, seja ela feita em diversas técnicas adquiridas por sua experiência ao longo do tempo, a direciona para presença em “workshops”, em plein air e exposições, fazendo sempre parte do seu projeto artístico. Teve presença artística em diversas exposições no estado e regiões do Rio de Janeiro, sendo premiada com medalhas de Bronze, Prata, Ouro e menção honrosa.
“Inspiro-me no coletivo urbano, nas observações das formas humanas para refletir os sentimentos”. Sentando em praças, praias, andando nas ruas e avenidas, observo um cotidiano caótico e apressado, uma insegurança espalhada monitorada por câmeras e celulares, que na minha percepção constrói um coletivo de solitário de “selfies”, de pessoas narcisistas e solitárias.
“Esse circuito imaginário transforma em desenhos, me preocupando com a presença de sombra, de luz e do colorido presente de acordo com a época e o horário, dando vida a esses cenários”.
“Vejo a arte como identidade e transformação universal. Uma forma de expressão de emoções em suas variadas linguagens, seja ela no desenho, pintura, arquitetura, música, dança, teatro, moda, instalação, paisagismo, literatura, poesia, “design” gráfico, fotografia, escultura, entre outros, construindo assim a história cultural de um indivíduo, de um povo e de uma nação”.