Renata Cabral é uma artista plástica brasileira, tecnóloga em Edificações pela CEFET/PB, Graduada em Ciências Jurídicas, pela UFPB e Pós-graduada em Gestão Empresarial, pela FGV. Nasceu em 25/07/1983, natural e radicada em João Pessoa/PB.
Despertou-se para a arte na sua infância de maneira intuitiva e encantada com as criações de artesanatos da sua avó paterna e tias. Desafiada por familiares e amigos ao fazerem comentários sobre seus desenhos, foi instigada a dar maior expressão, emoção aos rostos, composição e criar cenários da sua própria imaginação. Aos 17 anos começou a trabalhar e dedicava pouco tempo a arte, passado alguns anos ao divulgar seu trabalho nas redes sociais, surgiu o primeiro convite para uma parceria comercial, logo para sua primeira exposição, na Flórida.
Durante a sua trajetória artística, teve 4 filhos, Caio, Débora Rachel e Maria, sendo a mais nova fruto de seu casamento com o artista Júnior Cordeiro, os quais sempre foram um tema recorrente na sua produção artística como grande inspiração.
Se especializou em diversas áreas voltadas a arte como: modelo vivo, moda, entre outros.
Sua arte surge do universo no qual a artista está imersa desde a infância, vivida na cidade de Sapé/PB. Sua pintura é fortemente inspirada nas cores folclóricas, na cultura regional, na alegria que emana do povo, na religiosidade peculiar e rústica, nos mitos e, principalmente, no universo feminino, sendo sua principal influência. A vaidade, a sensualidade, a beleza, a doçura são retratadas através de traços livres e fortes, que trazem uma identidade única à obra. Em contraste, transmite a força peculiar da mulher nordestina, aguerrida e sofrida, mas cheia de alegria e esperança. Para Renata, o povo do Nordeste são verdadeiros deuses, pois, conseguem viver com alegria e cuidar da família, de maneira digna, apesar de tantas desigualdades sociais e características climáticas desfavoráveis. Renata encontra na arte a melhor maneira de dizer sobre o “mundo que há em si”, única, lúdica e com total liberdade.
Participou de diversas exposições no Brasil e exterior, citamos algumas considerações importantes:
Em 2020, com o projetos de Reconfiguração de obras de Arte com Intervenção Digital, através do edital de Economia Criativa, alcançou apoio do SEBRAE. Em 2018, por sua relevante atuação artística, recebeu voto de aplausos da Câmara de Vereadores de João Pessoa. Em 2010, recebeu menção honrosa pela participação no 28 Salão de Artes de Rio Claro/SP.
“A arte é indubitavelmente o meu propósito de vida. Almejo seguir esse caminho e reconhecer sempre, antes de cada passo, quando a estrada alumiar. Ir adiante nessa missão, trilhando os passos que a inteligência criativa me orientar. Até morrer no final, consciente e livre, “mergulhando na Substância Infinita””.
Deixo o mesmo pensamento que inspirou o Papa João Paulo II quando redigiu a Carta aos Artistas (1999): “A beleza salvará o mundo”
(F. Dostoiévski)
“A arte é divina porque nos diviniza. Ela pode nos fazer acender a nossa luz interior. É a tradução da beleza transcendental trazida ao existencial. Promove o encantamento e, com isso, dá valor ao tempo presente, e reconhecemos o atributo de satisfação do momento agora. Assim, abrimos o portal de consciência que nos faz acessar a frequência da felicidade. A arte é genuína em sua forma quando nos promove tal reação. Enquanto forma, a arte possui a capacidade de trazer o homem ao seu nível, à mesma frequência de quando foi concebida pelo artista. O artista deixa com sua assinatura os sentimentos que captou no seu processo criativo, multiplicando o que foi sensivelmente identificado no campo sensível daquele que cria. Surge, através da arte, um processo de alquimia, na medida em que ocorre a transformação do informe em beleza renovada. O artista é um alquimista, porquanto consegue captar o potencial daquilo que inicialmente incomoda, ou que, à primeira vista, carece de valor, mas que é identificado pela sua sensibilidade. A arte é a concretização de símbolos. E os símbolos são sempre estruturantes. São eles que nos comunicam os arquétipos, capazes de nos conduzir rumo a uma ampliação dos nossos horizontes, da nossa visão de mundo, desde que possamos elaborar seus significados e integrá-los ao consciente. Nisso a arte é tão antiga quanto os símbolos, tão originária quanto a existência humana. Portanto, é a arte a ferramenta mais viável para o direcionamento da consciência coletiva, pelo seu caráter abrangente e sua capilaridade. A arte é o ideal delineado, trazido ao mundo da matéria. Através do artista, muitos paradigmas são ultrapassados e muitos mistérios são revelados. A arte é transgressão, criação, revolução, inovação”.