Diana Chagas é uma artista plástica brasileira e bacharela em pintura, pela UFRJ, nasceu em julho de 1983, no Rio de Janeiro/RJ, onde reside e mantém seu estúdio. Despertou-se para a arte na sua infância de maneira intuitiva, destacando-se no grupo escolar como responsável para a execução de trabalhos artísticos entre os colegas. Mas foi durante a faculdade que deu início ao desenvolvimento da sua linguagem expressiva por meio da pintura, sendo os familiares seus maiores apoiadores.
Suas pinturas partem de referências fotográficas de lugares reais e da “imaginação”, como pequenos galhos, folhas e pedras, encontradas por onde passa, ou seja, uma busca no próprio cotidiano. Esboços são aplicados em seu sketchbook, que fazem parte do processo de criação, sendo usados como peças de um quebra-cabeças, até que possa recriar uma paisagem que rememore sensações.
Na visão da artista sua pintura é um híbrido de duas realidades: lugares reais que representam os irreais, das memórias da infância, um mundo particular criado por ela quando subia em árvores, passando a ser as figuras principais e a paisagem representada resumida a ela. Ousando a despertar de nossas lembranças inconscientes, induzindo-nos a voltarmos ao próprio interior reflexivo e contemplativo, trazendo consigo o questionamento do que seria de fato a paisagem. O que é muito além de uma simples cópia de elementos da natureza, mas um conceito que carrega em sua estrutura a vivência seja de uma sociedade ou de um indivíduo. Um mundo paralelo que todos nós já tivemos em nossa imaginação de criança, que foi deixado no passado.
Como uma invenção onírica da paisagem originária de uma criteriosa observação das relações entre cores e tons, paralelo a isso, está o caráter emocional e aquilo que a vincula à pintura: a afetividade derivada das memórias trabalhadas.
As inspirações também partem da observação nos trabalhos do artista britânico David Hockney, que através da sua pintura multicolorida, as satura, tornando-as pontuais, divididas em áreas, com uma visão sintética da natureza, despendendo-as da realidade. Já através das obras do artista Edgar Payne, encontra a separação de planos com a dessaturação das cores aplicadas. A dualidade qualitativa diversificada é fonte de inspiração para obter o conjunto e equilíbrio nas suas obras.
Em 2017 foi premiada com Medalha de Prata no 37.º Salão da Paisagem, na Sociedade Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro/RJ.
Participou de algumas exposições em grupo, como por exemplo "Pintura & Gravura Contemporâneas: Orientações", em 2019, no Centro Cultural dos Correios, RJ e sua primeira exposição individual aconteceu também em 2019, na UFRJ, intitulada " Sobre Sonhos e Memórias: Lugares Inventados".
“Arte é um veículo. É como um portal. Cada um de nós carrega um mundo dentro de si, e a arte é o meio de trazê-lo de dentro para fora. É também remédio: consegue nos limpar de todas as impurezas do mundo visível, sendo o descanso para a mente e o coração.”