Beatriz Paiva, artista plástica brasileira, Bacharel e Licenciada em Artes Visuais e Tecnologia da Imagem pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Nasceu em 21/09/1996, natural e radicada em Belém, Pará, onde mantém seu estúdio. Despertou-se para a arte na infância desenhando seus personagens favoritos dos desenhos animados que assistia, passando a ser um "hobby", um momento de diversão e foi na adolescência que essa prática se transformou em uma forma de expressão dos seus sentimentos e de questões raciais, de gênero e sexualidade, buscou se profissionalizar integrando-se em curso de Artes Visuais, tendo grande interesse também pela arte educação.
“Quando penso em arte, logo me vem a imagem como uma forma de comunicação com o outro e com si mesmo. Essa relação consegue mudar muitas vidas, pois, ao se comunicar seja imageticamente, por sonoridade, palavras, "performances", atuações, o artista pode transformar sentimentos, ideias e até mesmo precursor de novas discussões”.
Seu processo criativo se dá através das suas vivências diárias, sendo divido em 4 seguimentos: ilustração Digital, Arte Urbana, Pintura e Literatura.
As questões que permeiam seu trabalho são inquietações sobre as vivências de pessoas negras, LGBTQIA+, mulheres, territorialidade afrodescendente e afetividade entre elas. Busca poder trazer através da arte os reconhecimentos visuais das pessoas que fazem parte dessas questões, no qual são experiências que estão no seu próprio dia a dia, para que elas se enxerguem e se sintam representadas.
Desenvolve produção dentro do desenho, da pintura, poesia e arte urbana tendo como objeto principal de pesquisa o cartaz lambe-lambe. Investiga a relação entre arte e cidade, gênero e sexualidade focado na afetividade da mulher negra lésbica, ancestralidade diaspórica e territorialidade, sobre saúde mental da população negra e mapas afetivos.
“Quando penso em tudo que meus ancestrais passaram para que hoje eu possa estar aqui. Todas as lutas vividas, as batalhas perdidas, as pequenas vitórias pessoais de cada um e as grandes festejadas coletivamente. Quando penso em todas as coisas que minha mãe fez por mim, no modo como ela me criou e criou o meu irmão e como a minha avó educou seus 11 filhos. Se hoje abordo as temáticas norteadoras do meu trabalho artístico, é graças a todas essas pessoas”.